Muitas pessoas acreditam que o consumo de doces é o grande responsável pela
ocorrência de diabetes. Mas será que isso é verdade?
Primeiramente, é necessário entender que o diabetes ocorre quando nosso corpo deixa
de produzir insulina, seja ela total (o que ocorre no diabetes tipo 1) ou parcial no caso
do diabetes tipo 2.
Outro mecanismo da doença é quando a insulina é produzida, mas
tem dificuldade de agir.
O diabetes tipo 2 é o mais comum. Vários fatores contribuem para a sua ocorrência,
como a predisposição genética associada comumente à obesidade, ao sedentarismo,
assim como à dieta inadequada, com ingesta de alimentos ricos em gorduras e açúcares.
Portanto, não é apenas o consumo do doce que faz um indivíduo apresentar diabetes!
Sem dúvida, por ser em geral um alimento mais calórico e contribuir para o ganho de
peso, é considerado um importante fator que pode predispor a ocorrência da doença.
O diabetes tipo 2, que é o mais comum, costuma ser uma doença silenciosa, ou seja, pode passar despercebido por anos sem o diagnóstico adequado. Em geral, quando sintomas estão presentes, os níveis de glicemia estão bastante
elevados. Nessa situação, podemos encontrar:
– Sede excessiva
– Fadiga
– Perda de peso
– Turvação visual
– Alterações sexuais, como impotência
– Infecções genitais
– Aumento da vontade de urinar
Após o diagnóstico, o tratamento deve ser prontamente iniciado e deve incluir, além das medicações, mudanças de estilo de vida, como dieta e exercício físico.
Na maioria das vezes, o diabetes é uma doença silenciosa. Em geral, quando sintomas estão presentes, os níveis de glicemia (açúcar do sangue) encontram-se muito elevados.
Portanto, em alguns indivíduos é recomendado investigar a presença de diabetes, mesmo na ausência de sintomas.
Quem deve ser rastreado?
* Indivíduos com mais de 45 anos;
* Indivíduos com sobrepeso ou obesidade e pelo menos mais um fator de risco:
– Parente com diabetes;
– História de doença cardiovascular;
– Hipertensão arterial;
– Sedentarismo;
– Pré-diabetes;
– Tratamento para HIV;
– História de diabetes gestacional;
– Síndrome dos ovários policísticos;
– Dislipidemia (nível de colesterol elevado).
O diabetes é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não é mais capaz de
produzir o hormônio insulina ou quando o corpo não consegue utilizar adequadamente a
insulina que é produzida. Muitas vezes essa doença é silenciosa, ou seja, não causa
sintomas.
Mas para que serve a insulina?
A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas que atua como uma chave,
permitindo que a glicose, o açúcar dos alimentos que ingerimos, seja utilizada pelas
células do nosso corpo como fonte de energia. Portanto, em condições normais, a
insulina ajuda a glicose a entrar nas células e, quando há prejuízo na sua produção ou
ação, ocorre acúmulo de glicose no sangue, situação conhecida como hiperglicemia.
A longo prazo, níveis elevados de glicose no sangue acarretarão danos a vários órgãos e
tecidos, aumentando o risco de desenvolver, por exemplo, infarto do coração, AVC,
doença renal (nos rins), assim como retinopatia (problemas na visão).
O diabetes tipo 2 é uma doença bastante prevalente. É considerada uma doença crônica,
que requer tratamento medicamentoso e mudança de hábitos de vida.
Essa doença tem cura?
Na verdade, o que podemos ter é uma remissão da doença, situação que ocorre quando
temos níveis normais de glicemia e hemoglobina glicada, sem a necessidade do uso de
medicação.
Em que situações a remissão é possível?
Ela pode acontecer, por exemplo, em pacientes com diagnóstico recente de diabetes que
perdem peso e mudam seus hábitos de vida ou até mesmo em alguns pacientes que se
submetem à cirurgia bariátrica.
O sono, além de permitir o descanso do nosso corpo, é essencial para o restabelecimento
do equilíbrio entre vários dos nossos sistemas. Noites mal dormidas podem, além de
causar um cansaço constante, gerar vários outros danos à saúde, aumentando inclusive o
risco de inúmeras alterações metabólicas, como obesidade, aumento da resistência à
insulina e diabetes.
Portanto, não esqueça: dormir bem é importante e necessário!
É comum pacientes portadores de diabetes acreditarem que precisam evitar a ingesta de
algumas frutas específicas. Entretanto, mais importante que o tipo de fruta
isoladamente, é o indivíduo estar atento para a porção que vai ser consumida. Não existe
fruta proibida!
Outro ponto importante que precisa ser considerado é sobre a presença de fibras,
gorduras e proteínas numa refeição. Caso a pessoa com diabetes observe que
determinada fruta esteja afetando mais sua glicemia, é importante procurar um
endocrinologista ou nutricionista para que seja orientado adequadamente. Uma das
estratégias nesse caso será acrescentar algum tipo de fibra alimentar (exemplo: aveia,
chia) à fruta ou até mesmo associar alguma fonte de proteínas a essa refeição.
Pacientes diabéticas que estão desejando engravidar precisam ter alguns cuidados para
garantir que a gestação ocorra de forma saudável e tranquila.
•Primeiramente, o ideal é planejar a gravidez. Quando os níveis de glicemia e
hemoglobina glicada estão bem controlados, o risco de complicações para mãe e
bebê reduz bastante!
•Ao descobrir a gestação, é provável que o seu tratamento seja modificado. Na
maioria das vezes, a insulina será a medicação mais recomendada.
•Alimentação saudável e a prática regular de exercício físico (exceto quando
houver alguma contra-indicação obstétrica) devem ser sempre encorajados!
•Importante não esquecer o papel fundamental da automonitorização da glicemia.
•Todas as gestantes diabéticas devem também fazer uma avaliação oftalmológica.
•Os cuidados adequados nessa importante fase da vida são essenciais para garantir uma gestação bem-sucedida!
A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, considerada uma das
principais causas de demência da atualidade. Estudos têm demonstrado que alguns
mecanismos associados com a obesidade e o diabetes, dentre eles o excesso dos níveis
de glicose (açúcar) do sangue e a inflamação, podem contribuir para a ocorrência da
doença de Alzheimer.
Mais estudos são necessários e ainda existem algumas perguntas a serem respondidas,
dentre elas quais estratégias de tratamento seriam mais adequadas.
Você sabia que a prática regular de exercício físicos é importante tanto para prevenção
quanto para o tratamento do diabetes?
Segundo a Associação Americana de Diabetes, as recomendações seguintes orientam a
prática de atividade física em pacientes portadores de diabetes:
– Adultos com diabetes devem praticar no mínimo 150 min de atividade aeróbica, de
moderada à vigorosa intensidade, distribuída em 3 vezes por semana, com intervalos
não superiores a 2 dias consecutivos;
– Em indivíduos mais jovens e com melhor condicionamento físico, durações mais
curtas de atividades de intensidade vigorosa ou treinamento intervalado de 75 min por
semana podem ser suficientes;
– Adultos devem também praticar treino resistido (pesos livres, aparelhos de
musculação ou o peso do próprio corpo) 2 a 3 sessões por semana em dias não
consecutivos;
– Redução do “tempo sedentário”. As atividades sentadas devem ser interrompidas a
cada 30 min para melhora glicêmica;
– Treinamentos de alongamento e equilíbrio, como yoga, são recomendados para idosos
2 a 3 vezes por semana, a depender das preferências individuais com o intuito de
aumentar a flexibilidade, força e equilíbrio.
Com a descoberta dos análogos de Glp1, medicação semelhante a um hormônio
produzido naturalmente pelo nosso organismo, houve um grande avanço no tratamento
do diabetes e da obesidade.
As medicações injetáveis mais conhecidas dessa classe de fármacos são: Victoza @ ,
Saxenda @ , Ozempic @ e Trulicity @
Essa classe de drogas possui importante efeito no controle glicêmico, reduzido o açúcar
do sangue.
Quais são suas principais ações?
Redução do apetite e aumento da saciedade
Redução do esvaziamento gástrico (estômago)
Aumento da produção da insulina
Redução da resistência à insulina
Redução do risco de eventos cardiovasculares, como infarto e AVC
A retinopatia diabética é uma complicação vascular altamente específica do diabetes
mellitus tipo 1 e tipo 2. É a mais frequente causa de cegueira em adultos entre 20 a 74
anos em países desenvolvidos. Sua prevalência está fortemente relacionada com a
duração do diabetes e o nível de controle glicêmico.
Outros fatores, além da duração do diabetes, aumentam o risco de retinopatia diabética:
– Hiperglicemia crônica (aumento dos níveis de açúcar)
– Hipertensão (aumento da pressão arterial)
– Dislipidemia (elevação dos níveis de colesterol)
Glaucoma e catarata também são distúrbios oculares mais frequentes que ocorrem
mais precocemente em diabéticos.
Para evitar a ocorrência da retinopatia ou retardar a progressão da doença, é necessário
controlar adequadamente os níveis de glicose (açúcar).
Todo paciente diabético deve ser
avaliado periodicamente por um oftalmologista!