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Reposição de Testosterona: quais as verdadeiras indicações?

Houve, na última década, um aumento considerável do uso de testosterona. O número de prescrições do hormônio masculino praticamente triplicou. No entanto, estudos sugerem que até um terço dos pacientes que estão fazendo reposição hormonal não preenchem os critérios recomendados para iniciarem esse tipo de terapia.

Quando utilizada de maneira inadequada, a testosterona, assim como todas as outras drogas, pode ocasionar uma série de efeitos indesejados, alguns deles potencialmente graves.

Para termos um diagnóstico de deficiência de testosterona que justifique tratamento de reposição hormonal, é necessária a presença de duas coisas:

– Sinais ou sintomas decorrentes de baixos níveis de testosterona

– Níveis de testosterona diminuídos no exame de laboratório (exame de sangue)

Se o diagnóstico for feito na ausência de um desses dois itens, aumenta a chance de um falso diagnóstico, reduzindo o potencial benefício da reposição hormonal.

São sintomas associados a baixos níveis de testosterona:

– Queixas da esfera sexual, principalmente diminuição de libido e disfunção erétil

– Aumento de gordura corporal

– Diminuição de massa muscular

– Perda de massa óssea (osteopenia/osteoporose)

– Sintomas psíquicos e cognitivos: diminuição do bem-estar, falta de iniciativa, fadiga e

  dificuldade de concentração.

O diagnóstico de hipogonadismo masculino (ou deficiência de testosterona) pode ser bastante desafiador para o médico que está acompanhando o paciente, já que muitos dos sintomas relatados são inespecíficos e podem estar relacionados a outras condições diferentes da deficiência de testosterona. Pacientes com queixas de mudanças de humor (irritabilidade, depressão), dificuldade de concentração, diminuição de força muscular, diminuição de libido e disfunção erétil podem apresentar esses sintomas devido a um quadro de depressão, fadiga ou stress crônicos e não necessariamente devido a baixos níveis do hormônio masculino.

O objetivo da reposição de testosterona deve ser a normalização dos níveis laboratoriais do hormônio, combinado com melhora dos sintomas e sinais relacionados ao hipogonadismo. Deve-se utilizar a menor dose de testosterona necessária para alcançar níveis hormonais fisiológicos. Se o paciente não apresentar melhora dos sintomas apesar de alcançados valores laboratoriais normais de testosterona, a terapia de reposição hormonal deve ser descontinuada e investigada outra causa para as queixas do paciente.

Importante salientar que o objetivo da reposição hormonal deve ser sempre alcançar níveis hormonais fisiológicos. Não há nenhuma evidência científica que justifique uso de testosterona para atingir níveis supra fisiológicos do hormônio.

Referências

  1. Malik RD, Lapin B, Wang CE, Lakeman JC, Helfand BT. Are we testing appropriately for low testosterone?: Characterization of tested men and compliance with current guidelines. J Sex Med. 2015;12(1):66-75.
  2. Mulhall JP, Trost LW, Brannigan RE, Kurtz EG, Redmon JB, Chiles KA, et al. Evaluation and Management of Testosterone Deficiency: AUA Guideline. J Urol. 2018;200(2):423-32.
  3. Corona G, Torres LO, Maggi M. Testosterone Therapy: What We Have Learned From Trials. J Sex Med. 2020;17(3):447-60.

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